Fim da greve: ônibus voltam a circular após 4 dias de paralisação em Campo Grande
Fim da greve: ônibus começam a circular em Campo Grande Os ônibus em Campo Grande voltaram a circular, no fim da tarde desta quinta-feira (18), após 4 dias ...
Fim da greve: ônibus começam a circular em Campo Grande Os ônibus em Campo Grande voltaram a circular, no fim da tarde desta quinta-feira (18), após 4 dias de greve. A paralisação foi finalizada após o governo do estado antecipar uma parcela de R$ 3,3 milhões de um convênio com a prefeitura. Parte do montante foi usada para pagar os salários e vales atrasados dos trabalhadores. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano (STTCU), Demétrio Freitas, informou que o retorno ao trabalho dependeu de uma logística necessária para viabilizar o retorno dos trabalhadores ao serviço. Demétrio disse que o retorno é gradual. Mesmo com determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para que ao menos 70% da frota voltasse a operar ainda na segunda-feira (15), o STTCU seguiu descumprindo a decisão judicial e manteve o serviço completamente paralisado. O sindicato foi multado em R$ 520 mil com a paralisação. Os acordos para o fim da greve foram definidos em uma reunião na sede do TRT entre Consórcio Guaicurus, vereadores, motoristas e representantes da prefeitura ao longo da tarde desta quinta-feira. Também durante a conversa, o desembargador César Palumbo Fernandes afirmou que a multa ao sindicato dos motoristas deve ser revista. Na reunião foi firmado um acordo para o pagamento, ainda nesta quinta, do salário atrasado de novembro na conta dos trabalhadores. Também ficou estipulado que os valores referentes à segunda parcela do 13º e o adiantamento do vale também estarão disponíveis aos trabalhadores nesta sexta-feira (19). Entenda a cronologia da greve dos ônibus Desde a última segunda-feira (15), a população, empresários e outros setores têm amargado os impactos da greve dos ônibus. Entenda abaixo a cronologia da paralisação: 11 de dezembro: indicativo da greve foi aprovado em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo de Campo Grande 15 de dezembro (1º dia de greve): a greve foi deflagrada e paralisou 100% do transporte coletivo. No mesmo dia, o TRT determinou retorno de 70% da frota sob multa de R$ 20 mil por dia, mas a medida não foi cumprida pelo sindicato. 16 de dezembro (2º dia de greve): motoristas continuam 100% paralisados. Justiça aumenta multa para R$ 100 mil e continua exigindo retorno de 70% da frota. Medida é descumprida novamente. Nessa data, o sindicato, a prefeitura de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus fizeram reunião de conciliação, mas não chegaram a um acordo. A Prefeitura se justificou dizendo que já havia feito o repasse ao Consórcio, que disse não ter recebido R$ 39 milhões da administração municipal, referente a tarifas não pagas. Câmara dos Dirigentes Lojistas se manifesta e diz que prejuízo ao comércio é de R$ 10 milhões. 17 de dezembro (3º dia de greve): transporte coletivo continua 100% paralisado. Multa sobe para R$ 200 mil por sindicato descumprir retorno de 70% da frota. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) determina intervenção no contrato do Consórcio Guaicurus, determinando que o município nomeie um interventor e elabore um plano de ação, sob multa diária de R$ 300 mil caso descumpra a regra. 18 de dezembro (4º dia de greve): motoristas seguem 100% paralisados e descumprindo a decisão judicial que determinou o retorno de 70% da frota e foi estabelecida na última segunda-feira (15). Intervenção no Consórcio Guaicurus Na quarta-feira (17), a Justiça determinou que a prefeitura de Campo Grande, a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) iniciem, em até 30 dias, o processo de intervenção no transporte coletivo, indiquem um interventor para o contrato e apresentem um plano de ação. O descumprimento da decisão prevê multa diária de R$ 300 mil. A medida foi motivada por uma ação popular. O juiz Eduardo Lacerda Trevisan apontou falhas na execução do contrato pelo Consórcio Guaicurus e omissão do município na correção dos problemas no transporte coletivo. O magistrado concedeu parcialmente um pedido de urgência, destacando indícios de irregularidades e risco de prejuízo à população caso nenhuma medida seja adotada imediatamente. A decisão também considerou as conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo, que identificou descumprimento sistemático das obrigações contratuais, gestão financeira opaca e indícios de irregularidades graves. O juiz ressaltou a necessidade de intervenção administrativa imediata e de auditoria independente. Quanto à intervenção imposta pela Justiça, o Consórcio recorreu da decisão e informou que a situação está sob juízo. Ônibus voltam a circular em Campo Grande Rafaela Moreira/TV Morena Intervenção no transporte Veja vídeos de Mato Grosso do Sul