Justiça mantém culpa de médico que matou advogada em acidente de trânsito em Campo Grande

Crime de trânsito O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) manteve a decisão que definiu as responsabilidades pelo acidente que matou a advogada Ca...

Justiça mantém culpa de médico que matou advogada em acidente de trânsito em Campo Grande
Justiça mantém culpa de médico que matou advogada em acidente de trânsito em Campo Grande (Foto: Reprodução)

Crime de trânsito O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) manteve a decisão que definiu as responsabilidades pelo acidente que matou a advogada Carolina Albuquerque Machado, em novembro de 2017, em Campo Grande. A defesa do médico João Pedro da Silva Miranda Jorge, condenado pela morte, pediu a redução da indenização e das pensões destinadas ao filho da vítima, mas o pedido foi negado. A decisão foi tomada no plenário da Terceira Câmara Cível, nesta quarta-feira (26). Os desembargadores decidiram, por unanimidade, que Carolina teve 25% de culpa por avançar o sinal vermelho. Já o médico foi considerado 75% responsável por dirigir acima da velocidade permitida e ser preso em flagrante. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Segundo a Polícia Civil, o médico recusou o teste do bafômetro e apresentava sinais de embriaguez, além de que estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa. A decisão dos três desembargadores de rejeitar o pedido de recurso pode impactar diretamente o valor da indenização destinada ao filho da vítima. Conforme a decisão judicial, o menino tem direito a uma pensão mensal de aproximadamente R$ 900 e a uma indenização de cerca de R$ 300 mil por danos morais. Com a divisão do percentual de culpa sobre o acidente, há a possibilidade de redução de 25% sobre esses valores indenizatórios, que ainda não começaram a ser pagos à família. Segundo os advogados, a criança — que tinha três anos na época do acidente — não teve qualquer participação nos fatos que justificasse uma redução no valor da pensão ou da indenização. O acidente O acidente aconteceu em frente a um shopping na Avenida Afonso Pena. Na época, João Pedro era estudante de medicina. Ele foi preso no local, mas liberado após pagar fiança de R$ 50 mil. Em 2021, foi condenado a quatro anos de regime semiaberto pela morte de Carolina, que tinha 24 anos. Nos autos, os laudos periciais mostraram que houve abuso no excesso de velocidade por parte do motorista da caminhonete. "Foi atestado pelo laudo pericial de análise de conteúdo em arquivos de vídeo sem áudio associado, o qual indicou que a velocidade em questão estava compreendida entre 104 km/h e 130 km/h", destacou o documento. As informações do inquérito aponta que o motorista "fazia conjuntamente com ultrapassagem perigosas, arriscadas, aliado ao fato de já registrar diversos envolvimentos em infrações de trânsito anteriormente, inclusive de condução de veículo automotor mais de velocidade". João Pedro chegou a ser preso na época da morte de Carolina, mas foi liberado ao pagar R$ 50 mil de fiança TV Morena Jovem morreu atropelada em 2017. Reprodução Bêbado, médico foi preso em flagrante Reprodução Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: