MP quer comunicação imediata da polícia em casos de morte em confrontos em MS
Recomendação foi feita à Sejusp e outras autoridades de segurança de MS. Divulgação/Sejusp O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) emitiu nest...
Recomendação foi feita à Sejusp e outras autoridades de segurança de MS. Divulgação/Sejusp O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) emitiu nesta sexta-feira (5), recomendação às autoridades de segurança pública do estado sobre o controle externo da atividade policial em casos de homicídio. Entre os itens publicados no documento está a comunicação imediata ao MPMS, por parte da polícia, caso haja mortes de civis em intervenções policiais. Dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp), apontam que 56 pessoas morreram em 2025 durante confrontos com a polícia. A estatatística apresenta queda em relação ao ano anterior, quando 77 mortes desse tipo foram registradas. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Conforme a recomendação, nesses casos é “obrigatória a realização de exame de local de morte violenta, mesmo sem preservação [da cena do crime] ou após socorro da vítima”. Veja os vídeos que estão em alta no g1 As armas de fogo utilizadas nessas intervenções, tanto de integrantes da guarnição quanto das vítimas, deverão ser apreendidas e periciadas. O g1 entrou em contato com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp), para detalhes sobre se a recomendação já é seguida. Não obtivemos retorno até a última atualização desta reportagem. A recomendação é destinada ao Procurador-Geral de Justiça, o Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, o Delegado-Geral de Polícia Civil e membros do Ministério Público com atuação criminal. O prazo para que seja atendida é de 60 dias. Mais recomendações O MPMS também pede às autoridades outros encaminhamentos que precisam ocorrer nos casos de homicídios em investigação. Confira: Câmeras de vigilância devem ser imediatamente apreendidas no local em que o crime ocorreu. Em casos de tentativa de homicídio, a polícia deve sempre comparecer ao local do crime, mesmo que o local não tenha sido preservado e a vítima já tenha sido socorrida. Durante a coleta de declaração das vítimas, os agentes deverão entregar um termo que vai permitir à polícia a solicitar às unidades de saúde que enviem os prontuários diretamente ao Instituto de Medicina Legal e Odontológica (Imol). Também será necessário coletar termo de representação, caso se encaixe no crime. As buscas para localização e apreensão de armas de fogo, mesmo que não tenham resultado positivo, devem constar em relatório. Se houver a apreensão, a arma deverá ser encaminhada para perícia. Em crimes cometidos com armas de fogo, será preciso coletar informações como a data da compra, valor, local, quem vendeu e o motivo da compra, além de registrar a existência de porte e/ou do armamento. Dados de todas as pessoas envolvidas na cena de um crime devem ser coletados, incluindo testemunhas, para que possam ser localizadas futuramente na investigação policial. Nos documentos, será preciso incluir altura e peso do “autor dos fatos”. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: